Finanças Pessoais
Plano de Ataque às Dívidas - Parte Um
Sim senhora, pelo que percebi pelos gritos da semana, ainda não há muita gente a "sufocar" debaixo do peso das dívidas contraídas! (Ou ainda não ganharam a raiva suficiente, eheh!)
Mas mesmo para os mais tímidos, que até lhes apetecia gritar e não tiveram coragem, as contas a pagar fazem-se sentir, e de mês para mês a luta é sempre a mesma e o dinheiro disponível ás vezes já não é o mesmo, já é menos, e os bancos esperam que a gente consiga fazer as mesmas omeletes com cada vez menos ovos...
Depende de nós pôr um basta na coisa! Claro que "gritar" não resolve absolutamente nada, mas exteriorizar o nosso sentimento para com a circunstância é realmente o primeiro passo, a tomada de consciência (nossa e dos membros da família) de que não se pode continuar pelo mesmo procedimento mês após mês, porque vai chegar um mês em que simplesmente não haverá com que pagar as contas. E depois, vamos pedir ajudas ao Estado? Vamos mendigar na rua? Não, agora é que é preciso tomar uma acção que inverta a tendência do endividamento que levamos!
Portanto, passo número um:
- Reúnam a família directa, o cônjuge e os filhos, as pessoas que vivem na vossa casa, convosco, e tenham uma conversa sobre a vossa situação financeira. Deixem que os filhos ouçam as vossas dificuldades, respondam às suas questões em linguagem que eles entendam, falem com o cônjuge sobre o que pensam que está a correr mal, na vossa perspectiva, deixem-no saber como se sentem quando se vêem obrigadas a escolher entre pagar o saldo do cartão de crédito ou a mensaliade do infantário, ouçam também qual é a sua perspectiva da vossa situação, tentem compreender que estão todos juntos no mesmo barco, e que não há culpas a atribuir nesta questão, somos todos vítimas de uma educação financeira inexistente em Portugal e de publicidades enganosas que se aproveitam dessa nossa ignorância para nos escravizar pela vida inteira em empréstimos de toda a espécie.
Portanto, antes de começarmos um plano de ataque às dívidas, reunimos "reforços". Não podemos ir para esta batalha sozinhos. Todos os que contribuem para gastar devem estar envolvidos agora na luta contra o gasto.
Eu e o maridão já fizemos essa reunião para falarmos da nossa situação (aliás, não foi só uma vez, têm sido reuniões regulares, para não perdermos a noção da coisa e para mantermos a mesma disposição de acabar com as dívidas), e no nosso caso, estamos comprometidos neste objectivo. Concordámos com algumas técnicas simples de entreajuda para evitar os gastos, como por exemplo, se eu sugerir ir comer ao Macdonalds (sim, faz mal, mas sabe bem, o que é que querem?), ele tem a obrigação de me lembrar do nosso compromisso, lembrar-me das férias no Alentejo que nunca mais tivemos, e se for preciso, até está autorizado a dar-me uma "mocada" na cabeça para eu recobrar o juízo eheheh!!!
Agora ide!, comecem o vosso ataque ás dívidas, reúnam os vossos reforços! Não percam a coragem de pôr um "basta!" nas dívidas!
Cumprimentos, e até à próxima!
Ariana
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