Finanças Pessoais
Durante o mês de Janeiro/Fevereiro fomos alvo de comissões bancárias altíssimas que não eram esperadas. Tudo fazia parte de uma reorganização de dívidas, feita ao abrigo do PARI, iniciada por nossa iniciativa. Até ao dia de assinar o contrato, perguntámos um cento de vezes qual ia ser a despesa, a contrapartida (fartos de ter despesas inesperadas estamos nós).
A resposta foi sempre "Nada, nenhuma."
Vocês acreditavam?...
Nós acreditámos. Até porque o que nos fez chegar a este ponto foi um reconhecimento de que não podíamos continuar a arcar sozinhos com as consequências de acidentes dos quais não tínhamos culpa, e era preciso fazer alguma coisa a respeito.
O gestor de conta também estava ao corrente do que nos levou lá. Também olhou para o nosso orçamento mensal. Também assobiou e ficou sinceramente condoído (pensámos nós...).
Mas o que o gestor não se lembrou de mencionar foi que, no primeiro mês da nossa reestruturação de dívidas, iriam cobrar-nos 285,00€ em comissões e prestação. A nós foi dito que:
1.º) A 1ª prestação iria ser cobrada apenas em Março.
2.º) Este processo não teria despesas para nós.
Pois. DEVIA ter sido assim. MAS NÃO FOI.
E se lutávamos para pagar 155,00€/mês ao banco, imaginam quanto nos custou arranjar 285,00€?...
Indagámos do gestor acerca destas despesas inesperadas. "Ah, e tal, mas isso é sempre cobrado, e blá, blá, blá, também não estavam à espera de estar desde Janeiro até Março para pagar a 1ª prestação, não acham?..."
Estávamos. Questionámos acerca de todos os pontos e pontinhos do novo contrato. Disseram que era assim mesmo, que não haveria mais nada a cobrar, pelo que estávamos. Sinceramente. E desesperadamente, pois significava a diferença entre ter de pedir emprestado para comer, e ter o suficiente sem pedir mais nada a ninguém.
E foi assim que sucedeu o nosso regresso à estaca zero.
Ao degrau 1.
Pedimos emprestado às mães, e comemos do que tínhamos em casa. E dos poucos euros que ainda tínhamos na carteira. E das coisas que nos deram.
Foram 2 semanas para esquecer. Mas também foram 2 semanas muito instrutivas.
Aprendi que para comer de semana para semana não preciso de comprar 3 tipos de carne e 3 tipos de peixe, mais isto e mais aquilo. Aprendi a calcular melhor o que se gasta numa semana e a fazer o melhor uso dos bens alimentícios que tenho. Aprendi que se não tenho muito dinheiro para investir em bens ao melhor preço, devo procurar comprar o bem mais barato que o dinheiro permitir, que dure o maior tempo possível. Pode não ser a melhor escolha olhando globalmente para todos os folhetos, mas é a melhor escolha olhando para a nossa carteira.
Portanto, este mês é um mês de recomeço. Reorganizar as nossas contas após este "buraco" causado por estas comissões.
E a melhor maneira de fazer isto é continuar a gastar o mínimo possível, comprar apenas o que vamos consumir na semana que entra. Ainda não vou tentar encher a despensa, como fazia antes disto tudo. O objectivo é tentar acabar este mês com algum dinheiro, para que o mês a seguir possa ser melhor, que já permita fazer compras a pensar nas semanas mais à frente.
Portanto, aqui vamos nós, a pisar o primeiro degrau!...
Cumprimentos, e se for preciso, recomecem!
Ariana
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Finanças Pessoais
Reorganizar as Contas - Estaca Zero
A resposta foi sempre "Nada, nenhuma."
Vocês acreditavam?...
Nós acreditámos. Até porque o que nos fez chegar a este ponto foi um reconhecimento de que não podíamos continuar a arcar sozinhos com as consequências de acidentes dos quais não tínhamos culpa, e era preciso fazer alguma coisa a respeito.
O gestor de conta também estava ao corrente do que nos levou lá. Também olhou para o nosso orçamento mensal. Também assobiou e ficou sinceramente condoído (pensámos nós...).
Mas o que o gestor não se lembrou de mencionar foi que, no primeiro mês da nossa reestruturação de dívidas, iriam cobrar-nos 285,00€ em comissões e prestação. A nós foi dito que:
1.º) A 1ª prestação iria ser cobrada apenas em Março.
2.º) Este processo não teria despesas para nós.
Pois. DEVIA ter sido assim. MAS NÃO FOI.
E se lutávamos para pagar 155,00€/mês ao banco, imaginam quanto nos custou arranjar 285,00€?...
Indagámos do gestor acerca destas despesas inesperadas. "Ah, e tal, mas isso é sempre cobrado, e blá, blá, blá, também não estavam à espera de estar desde Janeiro até Março para pagar a 1ª prestação, não acham?..."
Estávamos. Questionámos acerca de todos os pontos e pontinhos do novo contrato. Disseram que era assim mesmo, que não haveria mais nada a cobrar, pelo que estávamos. Sinceramente. E desesperadamente, pois significava a diferença entre ter de pedir emprestado para comer, e ter o suficiente sem pedir mais nada a ninguém.
E foi assim que sucedeu o nosso regresso à estaca zero.
Ao degrau 1.
Pedimos emprestado às mães, e comemos do que tínhamos em casa. E dos poucos euros que ainda tínhamos na carteira. E das coisas que nos deram.
Foram 2 semanas para esquecer. Mas também foram 2 semanas muito instrutivas.
Aprendi que para comer de semana para semana não preciso de comprar 3 tipos de carne e 3 tipos de peixe, mais isto e mais aquilo. Aprendi a calcular melhor o que se gasta numa semana e a fazer o melhor uso dos bens alimentícios que tenho. Aprendi que se não tenho muito dinheiro para investir em bens ao melhor preço, devo procurar comprar o bem mais barato que o dinheiro permitir, que dure o maior tempo possível. Pode não ser a melhor escolha olhando globalmente para todos os folhetos, mas é a melhor escolha olhando para a nossa carteira.
Portanto, este mês é um mês de recomeço. Reorganizar as nossas contas após este "buraco" causado por estas comissões.
E a melhor maneira de fazer isto é continuar a gastar o mínimo possível, comprar apenas o que vamos consumir na semana que entra. Ainda não vou tentar encher a despensa, como fazia antes disto tudo. O objectivo é tentar acabar este mês com algum dinheiro, para que o mês a seguir possa ser melhor, que já permita fazer compras a pensar nas semanas mais à frente.
Portanto, aqui vamos nós, a pisar o primeiro degrau!...
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