Finanças Pessoais
Onde Ir Buscar (ainda mais) Dinheiro
(Aviso: este post não é feito a pensar em quem ainda consegue ficar com um saldo positivo no fim do mês e põe de lado na poupança algum dinheiro. Este post é feito a pensar naquelas pessoas, e são muitas!, que de um mês para o outro não sobra nada, e qualquer oscilação pequena no orçamento já faz as contas irem para o vermelho. E quer acreditem ou não, já fui uma dessas pessoas!... Ainda há poucos meses!...)
Na realidade, este título parece mesmo uma piada, não é?... Tenho a certeza que na cabeça de alguns leitores, a resposta mental que deram foi "Só se fôr roubar ou pedir para a estrada!...".
Acredito. Também nós tivémos recentemente um período tão mau no que respeita a dinheiro, que considero plenamente justificada a sensação de "Já fiz tudo o que podia, já não tenho mais onde ir buscar..."
No entanto, nos últimos meses tenho feito uso de uma regalia que quase todos recebem, mas poucos escolhem a forma de a receber: o subsídio de alimentação por parte da entidade patronal.
Pelos trabalhos por onde passei, a forma de receber o subsídio era sempre a mesma: recebe-se o montante referente aos dias que se trabalhou. Ou seja, se gozámos pelo menos 1 dia de férias num mês, então o subsídio a pagar será os dias úteis desse mês menos os dias de férias gozados. Como no mês em que se descontava mais dias no subsídio de alimentação geralmente era também o mês em que se recebia o subsídio de férias, não havia crise. (Para quem é TOC, até aqui, vou bem?...)
Só que, como os subsídios de férias por inteiro JÁ ERAM... o rombo de alguns euros a menos naquele mês específico passou a tornar-se uma preocupação.
Como fazer para que as entradas mensais no Orçamento fossem semelhantes ao longo do ano?
Falei com a entidade patronal, e perguntei se não podia pedir à contabilista que processasse em cada mês o desconto de 2 dias de subsídio de alimentação. Assim, o montante a receber cada mês ficou mais homogéneo, e mais fácil de suportar a diferença descontada.
Eu dou um exemplo em números:
"Sem mexer no subsídio de alimentação, a Joaquina recebia cerca de 450,00€ líquidos cada mês. Tinha um subsídio de alimentação de 4,20€/dia, o que se traduzia num montante entre os 84,00€ a 96,60€ a cada mês, dependendo do número de dias úteis do mês.
Mas, quando viesse o mês em que tirasse 15 dias de férias, no fim desse mês receberia 450,00€ - 63,00€ (4,20€ x 15 dias)= 387,00€. E como já recebia os subsídios parcelados pelos meses do ano, não havia mesmo mais nada a receber!... 63,00€ fazem falta, ainda mais no mês em que a maioria de nós gosta de poder gastar um pouco mais, e a Joaquina não era excepção.
Assim, falou com a entidade patronal, e sugeriu que se efectuasse o desconto, dos dias de férias, no subsídio de alimentação a cada mês. Ora, a Joaquina tinha direito a 22 dias de férias no ano, passou a descontar 2 dias por mês, e no último mês do ano já não era descontado nada.
Em contas: a Joaquina, que antes recebia cerca de 450,00 líquidos passou a receber mais ou menos 441,60€/mês, mas pelo menos sabe sempre com o que pode contar!"
Ainda há mais formas de ir buscar mais dinheiro. Mas isso fica para uma outra vez!
Cumprimentos, e bom fim-de-semana!
Ariana
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