Fim das reformas antecipadas para trabalhadores no ativo
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Fim das reformas antecipadas para trabalhadores no ativo



A reforma a partir dos 55 anos, mesmo com penalização, deixa de ser possível para quem está no ativo. Só os desempregados de longa duração continuam a poder reformar-se antecipadamente.

O Governo decidiu suspender a possibilidade de reforma antecipada por velhice no início de abril, justificando a medida com o aumento da esperança média de vida e com a sustentabilidade financeira da segurança social. Os trabalhadores no ativo deixaram de poder retirar-se antes dos 65 anos, independentemente da longevidade da carreira contributiva. Destes, apenas ficaram salvaguardados os pedidos de antecipação de reforma entregues antes da entrada em vigor das novas regras, ou seja, até 5 de abril.
Anteriormente, a lei permitia a reforma antecipada a partir dos 55 anos, desde que se reunisse um mínimo de 30 anos de contribuições. Ficava-se sujeito a penalizações: redução de 0,5% do montante da pensão por cada mês de antecipação relativamente aos 65 anos de idade, o que representava uma penalização anual de 6 por cento.
Os únicos beneficiários que podem recorrer agora à reforma antecipada são as pessoas numa situação de desemprego involuntário de longa duração (no mínimo, 12 meses). Mantêm a possibilidade de antecipação, assim que se esgotarem os períodos de concessão do subsídio de desemprego ou social de desemprego inicial previsto na lei.
Desse modo, pode reformar-se sem penalizações a partir dos 62 anos, desde que preencha o prazo de garantia legalmente exigido para pedir a pensão de velhice (15 anos de contribuições) e, à data do desemprego, já tiver, pelo menos, 57 anos. Os beneficiários nestas condições podem reformar-se, no máximo, 3 anos antes dos 65, idade legal para a reforma por velhice.
Há ainda a possibilidade de antecipação, mas com redução de 0,5% por cada mês de antecipação relativamente aos 62 anos. Pode fazê-lo a partir dos 57 anos se, à data do desemprego, tiver 52 ou mais anos e uma carreira contributiva de, pelo menos, 22 anos com registo de remunerações. A redução pode ser menor para quem reunir mais de 32 anos de carreira contributiva aos 57 anos. Por cada conjunto de 3 anos que, com aquela idade, exceda os 32 anos de contribuições, pode haver um ano de antecipação sem penalização. Por exemplo, quem completar 35 anos de contribuições aos 57 pode reformar-se sem penalização aos 61 e, quem apresentar 38 anos de descontos, aos 57 pode fazê-lo aos 60.



Fonte: Deco-proteste



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