A Vida Real de Quem Quer Poupar
Finanças Pessoais

A Vida Real de Quem Quer Poupar



Meditei a sério sobre isto.

Se apagava ou não o post que escrevi ontem.

Se o que escrevi serve ou não ao propósito do meu blogue.

Se havia proveito ou não em deixar as minhas frustrações aqui registadas.

E a conclusão a que cheguei - desculpem-me a franqueza - é a de que a vida real de quem quer poupar é mesmo assim. Quem aqui vem, com a intenção de encontrar sugestões de como poupar mais, deve ter em mente que as tentativas nem sempre dão certo. Que as pessoas nem sempre nos dão a resposta mais adequada às nossas necessidades. Que a busca por melhores taxas de juro, por melhores condições de créditos ou contratos, não é uma empresa fácil e envolve também muitas frustrações.

E o que quero marcar ainda com mais força é que eu sou uma pessoa, de carne e osso, com sentimentos, e muitas vezes são sentimentos de incapacidade e inutilidade, em grande parte devido às respostas que obtenho nesta minha busca por uma vida sem dívidas. As pessoas que se encontram nos chamados "Apoio ao Cliente" estão lá para fazer o seu trabalho - e desculpem-me ser assim tão linear, claro que sei que também há quem realmente ajude - mas na sua maioria, limitam-se a fazer o seu trabalho, a prestar as informações mínimas necessárias, e não as informações que realmente seriam as melhores para o nosso caso em particular.

E quem como eu, que procura uma saída definitiva, um caminho pelo qual enveredar de vez, que oriente para o fim das dívidas e não apenas para a sua gestão, vê o seu tempo e o seu dinheiro ser consumido pelas soluções deficientes que lhe têm sido apresentadas, não sendo de ferro, mas de carne e osso, também se irritará, também ficará frustrado e também necessitará de uma forma de escape para extravasar as irritações com este mundo financeiro.

Ninguém é perfeito.

Ninguém sabe tudo.

E a culpa dos nossos problemas financeiros, às vezes, nem pode ser imputada a ninguém.

Porque os imprevistos acontecem, e porque este sistema é mesmo assim.

Deficiente.

E portanto, acho que é benéfico transparecer essa realidade no que escrevo. Não quero enganar ninguém fazendo-o crer que este caminho é fácil e leve, e que "só é preciso é querer".

Porque não é só isso que é preciso. É preciso muitas dores de cabeça, engolir muitos sapos, fazer muitas vezes orelhas moucas e manter a nossa determinação de uma vida livre de dívidas, apesar de outros dizerem que tal não é possível.

Cumprimentos, e se ofendi alguém com esta minha exposição, aqui ficam as minhas desculpas.
Ariana



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