Antes de subscrever um seguro de saúde, considere estas questões:
- Que coberturas considero relevantes?
Esta questão é muito importante pois não vale a pena pagar por coberturas que não correspondem às suas reais necessidades. A cobertura de internamento é obrigatória em todos os seguros de saúde pelo que esta constará em todas as apólices. Uma escolha acertada será uma apólice com um capital mínimo de internamento de 25.000 euros. Um seguro básico terá pelo menos a cobertura de internamento e a de ambulatório que se refere a consultas médicas. Depois, todas as seguradoras oferecem 3 ou 4 pacotes que vão do mais económico ao mais completo. Mesmo com estes packs, algumas coberturas são opcionais, portanto, analise bem, pois algumas podem só servir para, no seu caso, tornar a apólice mais cara.
- Quantas pessoas pretendo incluir na apólice?
Pode ser vantajoso incluir todos os elementos da família na mesma apólice pois o facto de ter mais que um segurado poderá lhe proporcionar
descontos. Informe-se na sua Seguradora.
Não se esqueça que quanto maior o capital seguro e quanto mais coberturas subscrever, maior será o valor do prémio a pagar. Tem que conseguir encontrar um equilíbrio entre as coberturas que efectivamente precisa, de forma a ter um serviço de qualidade, e quanto do seu orçamento tem disponível para realmente beneficiar das vantagens de um seguro de saúde.
- » Reembolso: Aqui o paciente escolhe livremente os serviços médicos a que quer recorrer, o que é bom para quem já tenha uma relação de grande confiança com algum médico ou rede prestadora de serviços. Nesta modalidade, o cliente paga a totalidade e depois envia os comprovativos para a Seguradora que irá reembolsar numa certa percentagem do valor gasto.
- » Assistência: Aqui o cliente não tem forma de escolher onde quer ser atendido, pois é a própria Seguradora que determina uma rede de serviços médicos. Nesta modalidade o cliente apenas faz o co-pagamento e a restante factura fica a cargo da Seguradora.
- » Mistos: Como o próprio nome indica, nesta modalidade tenta-se conciliar as duas modalidades anteriormente explicadas.
Tudo depende de si. Se existe alguma rede de médicos onde faça questão de ser atendida, e se a questão financeira não constituir um problema para si, já que tem que pagar a totalidade da consulta ou tratamento e aguardar o reembolso por parte da Seguradora, deve escolher a de reembolso. Se pelo contrário, não tem essa exigência, acaba por ser mais económica a modalidade de assistência, pois só paga o valor que lhe é devido.
- O que é que não está incluído no seguro?
Aqui entra a questão das chamadas exclusões. Cada
apólice tem as suas exclusões específicas mas de uma forma geral, todas as apólices excluem doenças existentes antes da contratação. Algumas doenças que pode já contar que não estão incluídas são: tratamentos relacionados com psiquiatria, fisioterapia, estética, obesidade, transplante de órgãos, hemodiálise, sida e hérnias, consumo de álcool, drogas, fertilidade.
- O que é o período de carência?
O período de carência é o período durante o qual o segurado não pode accionar a apólice, pois dessa forma, muitas pessoas só fariam seguros por terem alguma doença que lhes iria provocar custos, e dessa forma o seguro só seria contratado devido a uma certeza e não uma eventualidade. Por exemplo, no caso de parto ou tratamento de varizes, o período de carência é mais longo.
- Qual a forma mais vantajosa de pagamento?
Pois é, finalmente, chegamos à parte menos agradável que é o pagamento. Se tiver essa possibilidade, faça o pagamento de forma anual, pois quanto mais fraccionar o pagamento mais pesado fica para a sua carteira.
Não existe uma resposta concreta à pergunta inicial do artigo mas certamente fica aqui com algumas questões a ponderar para tomar a decisão do melhor seguro de saúde para si, já que cada caso é um caso e as necessidades e possibilidades de cada um variam imenso.
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