Finanças Pessoais
"Viver Não Custa..."
"
... custa é saber viver." - Já tinham ouvido este ditado popular, não já?
Pois é mesmo sobre o princípio contido neste ditado que gostava de me debruçar um pouco.
Alinham?...
'Bora lá!...
"
Viver não custa" - Contra tudo aquilo que parece bom senso e óbvio, na realidade, a verdade é que estar vivo não custa dinheiro, ou então, custa muito pouco. Se pararmos para pensar, para estar vivos precisamos de respirar, dormir, beber água, comer. Mais nada.
Agora vamos por partes:
- RESPIRAR: é gratuito (por enquanto!), portanto, "não custa".
- DORMIR: outra coisa gratuita, portanto, também "não custa".
- BEBER ÁGUA: Se bebermos água da torneira, custa mesmo muito pouco, talvez uns 15€ seja o nosso gasto mensal em água da rede, portanto, só a água que bebemos, por mês, custa ainda menos do que esses 15€.
- COMER: E é aqui que (quase) toda a gente cai na esparrela!... O raciocínio lógico é de que para comer, temos de ter alimentos em casa, e se não os produzimos num pedaço de terra, então, temos de os comprar. Gastar. E, se queremos variedade, então temos de gastar muito. Mas isso, meus amigos, é o que o mundo do consumo nos quer fazer crer, porque, se nos ensinassem a verdade, de que não é preciso gastar muito, então ia muito comércio à vida, o que não pode ser!, a máquina do comércio tem de ser alimentada, e quem é que a alimenta???... Nós, os totós que gastamos dinheiro (mesmo em comida) como se não houvesse amanhã!... - "Ó Arianinhaaa... parece que apanhaste muito sol estes dias... Fala lá como deve ser, vá, explica-te, rapariga!" - Ok, eu vou explicar-me melhor (ou pelo menos tentar):
Será, que para nos alimentarmos correctamente, temos mesmo de ter uma despensa que pareça um "mini"-Continente ou "mini"-PingoDoce?... Precisamos de ter o frigorífico e o congelador sempre "atestado"?... E já agora, será que para nos alimentarmos correctamente, temos mesmo de comer sempre "empratado" nas refeições principais?... Carne nesta refeição, peixe na próxima?... Comprar pão fresco todos os dias?...
Claro que já sei que, desse lado, hão-de sempre existir os mais críticos que me irão julgar com base no que vos vou contar a seguir, mas isto é a minha realidade, e não vejo motivo nenhum para fingir que não é assim, porque também não vejo nenhuma vergonha na coisa, por isso, aqui vai: Deixei de comprar coisas que, pensando bem, só iria consumir na semana que vem e não no imediato. Por exemplo:
- Um pacote de arroz dura-me muito tempo, para quê comprar dois?... (mesmo que esteja em promoção!)
- Açúcar?... Já não compro há "séculos"! Começámos a reduzir o açúcar quando fizémos a Dieta dos 31 Dias, e desde então consumimos ainda muito menos, até o cafézinho já vai sem açúcar, portanto, é menos uma coisa que preciso de comprar.
- Leite, compro 1 ou 2 litros de cada vez, e só quando acabo o pacote é que entra de novo na lista das compras. Mesmo que passem 1, 2 ou 3 dias sem leite, nós somos adultos, ninguém morre se beber cevada, chá ou café nesses dias.
- Fruta? Compro 3 variedades de cada vez, e sempre da fruta da época! Porquê 3 variedades?... Porque temos o hábito de comer 3 peças de fruta por dia, e, para isso, preferimos variar a fruta. Quanto é que compro de cada vez?... O suficiente para uma semana de trabalho. 5 dias de fruta x 3 peças por dia x 2 pessoas: cerca de 30 peças de fruta de cada vez que vou às compras (peças = dose por pessoa)
- Carne/Peixe: Só compro 2 variedades de cada vez (tipo: pescada e dourada, e frango e porco numas compras, quando for preciso novamente posso comprar carapaus e bacalhau, e vaca e perú, etc). E sem stress nenhum. Mesmo assim, há sempre 1 ou 2 almoços meus por semana em que prefiro só comer sopa, fruta e café, portanto, poupo bastante neste campo.
- Verduras, compro a pensar apenas na próxima sopa a fazer (sim, eu não deixei de fazer sopa, apesar de comprar feita para alguns dias da semana) e nas refeições imediatas. Não há cá nada de pensar "Deixa-me levar uma coisa de cada e depois logo se vê o que é que me apetece comer na altura." É pensar no que vou fazer para a próxima refeição, e o que preciso para tal. E chega. E por incrível que pareça, também sobra!
E no fundo, no fundo, este método permite ir poupando nos dois campos: no dinheiro, que não gasto, e na própria comida, que não se estraga, não passa de validade e é mesmo consumida, nem que seja por falta de opções ahah!
E é por tudo isto que vos repito: Viver não custa! Agora, saber viver... isso já é outra história!...
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