Viver Mais Poupado é Também Viver Mais Simples
Finanças Pessoais

Viver Mais Poupado é Também Viver Mais Simples




Apesar de, economicamente, estarmos "em crise" desde 2011 (a nossa crise, não a nacional), este estado de "constante necessidade" que nos sobreveio também trouxe algumas transformações positivas à nossa vida.

Claro que, para quem observa de fora, talvez só se aperceba das coisas negativas:

- deixámos de ter 2 carros, e toda a liberdade de movimento que tais proporcionavam, para estar dependentes de transportes públicos
- deixámos de ter uma casa grande, espaçosa, não claustrofóbica, onde podíamos acumular aquilo que nos desse na real gana sem ficar preocupado com espaço.
- deixámos de ter a liberdade de poder convidar mais do que 8 pessoas para jantar, por causa do espaço
- deixámos de poder ter 2 roupeiros cheios de roupa para qualquer ocasião, em virtude do espaço reduzido do roupeiro actual
- deixámos de poder ir a um restaurante, cinema, espectáculo, etc, sem ter de fazer um planeamento antecipado para tal
- deixámos de ter TV, internet e telefone pagos ( e até de ter os 4 canais!)
- deixámos de poder usar os nossos computadores, impressoras, portátil, etc, no conforto da nossa casa
- deixámos de poder ter férias fora do local onde moramos

...e etc! Quem quiser ver esta coisa pelo lado negativo, tenho a certeza que encontrará mais algumas coisas a apontar.

Mas, e porque tem que se ver o quadro todo para admirar a sua beleza, eu aponto também os aspectos positivos:

- deixámos de encarar o dinheiro como uma coisa inesgotável
- passámos a fazer orçamentos mensais, e a planear as despesas com mais bom-senso
- deixámos de ter despesas referentes às viaturas, que ainda eram substanciais, tais como prestações, gasolina, seguros contra todos os riscos, portagens, DUC, oficina, etc
- passámos a ter muito menos trabalho com a manutenção e limpeza da casa
- passámos a ter convívios mais pequenos, com uma família por vez, o que fortaleceu mais os vínculos de amizade
- passámos a reduzir a quantidade de coisas que possuímos, como roupas, sapatos, livros, bibelots, malas, etc.
- passámos a estar mais atentos aos programas culturais gratuitos, e a frequentar museus aos domingos de manhã
- deixámos de gastar tanto tempo de volta de filmes e séries (ui! as séries, era um nunca mais acabar!!!), e passámos a ocupar esses tempos com livros, convívios, passeios, ou até com música (maridão a tocar clarinete e eu a cantar, ou a tentar cantar!)
- deixámos de estar tanto tempo a olhar para écrans ou monitores, para estar mais tempo a conversar um com o outro
- passámos a conhecer melhor a bela Lisboa, de tal maneira que já surpreendemos Lisboetas naturais com as coisas não sabiam ter à sua disposição e aqui tão perto
- deixámos de ter 3 cartões de crédito (assim como as suas dívidas), e passámos a gerir o dinheiro como ele é: um bem escasso.
- passámos a comer melhor, por levarmos nas lancheiras a nossa própria comida, em vez de se ir almoçar no bar do trabalho.
- aprendemos a verdadeira duração das coisas compradas e a não desperdiçar
- aprendemos a fazer verdadeiros milagres com pouquíssimos recursos
- E junto com tudo o que já foi dito, aprendemos o verdadeiro segredo de estar satisfeitos com o que temos, deixando de andar sempre alcançar coisas melhores, mais caras, mais vistosas, mais tudo, mas que no fim não acrescentam felicidade nenhuma! Aprendemos a dar valor às coisas que realmente têm valor: as pessoas que fazem parte da nossa vida, não as coisas que possuímos.

A sério.

Se me tivessem conhecido antes da "nossa" crise, talvez não tivessem gostado da pessoa que eu era. Não materialista, mas talvez um pouco ambiciosa demais. E não via nenhum mal em fazer dívidas para chegar onde queria! A máxima era "Se quero, e posso, porque não?..."

E agora?...

Agora... ai!, se eu pudesse voltar atrás e dar 2 tabefes à minha eu de 25 anos!!!



Cumprimentos, e vivam mais simples também!
Ariana



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