Uma "Mãe" Muito Perspicaz
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Uma "Mãe" Muito Perspicaz


Gostei dela logo quando a vi.

Simples na vestimenta, mas com classe, rabo de cavalo naquele jeito especial de quem gosta de estar confortável, e pouco se importa com o que os outros pensam.

Calculei que fosse gostar de conversar com ela, que seria alguém com quem me relacionaria bem, sem complicações.

E não me enganei.

O seu sorriso é grande, aberto, e franco. Se não gostasse de algo que eu dissesse, tenho a certeza que mo diria sem vergonhas ou embaraços. Porque é assim que eu imagino as mães. A minha mãe. E as outras Mães.

Tenho também a certeza que esta mãe é muito perspicaz. Do que escrevo no blogue, ela deve ter conseguido retirar muito mais do que se vê à primeira. Concluo isto, porque a sua sugestão de me oferecer algo não foi a primeira que me endereçaram. A grande generosidade e senso de humanitarismo de muitos que por aqui passaram, convenceram-me de que ainda há por esse mundo fora muitas pessoas boas, com bom coração.

Mas a todas as ofertas que me propuseram, oriundas deste espaço virtual, tenho respondido sempre que ainda não é preciso, que nos vamos arranjando, entre amigos e família lá vamos conseguindo levar este barco a bom porto. Digo "Não" porque sinto que ainda não chegámos aí, ainda não é preciso tanto, e porque sei que há imenso por onde começar a ajudar antes de chegar a minha vez de ser ajudada. Felizmente, nós ainda temos os nossos trabalhos, ainda temos casa, (alguma) saúde, família e amigos (e cada vez mais). Aceitar tais ajudas seria aproveitar-se de recursos que poderiam ser entregues a quem mais necessita (e não vale a pena tentarem mudar as minhas ideias, este é o meu sentimento, e sentimentos não se mudam pela razão).

Mas voltando ao que estava a contar.

Creio que esta mãe percebeu a minha reserva em aceitar ajudas. Creio até que quando me lançou a oferta de "apenas 2 alheiras, feitas por ela mesma", já trazia água no bico; mas não se descaíu, não fosse eu rejeitar.

E dessa forma, indo na ideia de duas alheiras de Mirandela, combinámos o nosso café. Conversámos alegremente, o tempo mal chegou para expressarmos as nossas ideias e experiências, e já estávamos na despedida. E foi então.

Passa-me para a mão um saco tão grande e tão pesado (não eram só as alheiras, havia muito mais, e muito mais do que eu alguma vez esperara!), que eu não pude acreditar. Fê-lo com o mesmo jeito de mãe que a minha tem, quando me dá algo e diz "Estas coisinhas são para vocês", e o meu coração de filha tremeu e sensibilizou-se. Não podia dizer que não.

E as alheiras?... Sim, as alheiras vieram, e foram muito apreciadas. Grelhadas de uma vez, e fritas de outra.

Feitas pelas próprias mãos da Fátima. Que de certeza, é uma mãe muito perspicaz. Fátima, que só por acaso, também é o nome da minha mãe...

O nosso muito obrigada por tão bela característica, a perspicácia de mãe!
Ariana



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