Um Pouco de Mim...
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Um Pouco de Mim...


A franqueza é um defeito. Mentir é uma virtude.

Pelo menos, sempre assim me tentaram fazer crer. Porque junto com a minha franqueza ingénua de criança, saíam de mãos dadas palavras duras, verdades feias que ninguém gostava de ouvir, e que ninguém se atrevia a dizer... (ainda saem...)

Nunca entendi aquela insistência da minha mãe ou da minha avó, que, empurrando-me por trás de um ombro, me ordenavam: "Dá um beijinho ao sr...". E eu recusava-me. Não era vergonha. Era a pura das sinceridades. "Não quero". "Não te conheço". "A tua barba pica".Ou, como no caso crónico do meu avô: "O avô está bêbado!"

Por esta franqueza levei muitas correcções. Muitas censuras com o olhar. Às quais eu, na minha ingenuinidade, ainda deixava saltar cá para fora mais uma martelada na sensibilidade de quem me censurava: "O que é que foi?... Não é verdade?..."

Ainda hoje tenho sérias dificuldades em distinguir a nuance entre usar de franqueza e ser cruel. A transformação verbal dos meus pensamentos não é o meu forte. Sou muito melhor a ler as pessoas, a tirar conclusões, a observar e conjecturar. Mas para mim.

Porque se abro a boca para dizer o que penso... crio tempestade.

Como no caso dos meus dois amigos, que ele tendo sido deixado pela mulher há 2 meses, e ela tendo sido deixada pelo marido no dia antes, se encontraram ao pé de mim, e, pelo modo como conversaram um com o outro, a mim, fez-me clique! Disse para a minha mãe: "Olhe que a ... em menos de nada vai estar casada com o..."

UUUIIII!!!! Lá me choveram impropérios, censuras pesadas de que tenho de saber ficar calada, que só tenho macaquinhos no sótão, que não posso ver nada que faço logo um filme... Sei lá!

Guardei para mim o meu achado. Só o revelei ao maridão.

Um ano depois, estavam a entregar convites de casamento. 5 anos depois, tiveram um menino. E ainda estão juntos. Casados. E felizes. Eu nunca agoirei a felicidade daquela união. Eu só anunciei uma verdade que ainda iria acontecer. Ninguém a via, mas eu vi.

Porque é que me sinto uma condenada à pena de morte quando pratico a sinceridade?...

Só pode ser porque a franqueza não é uma qualidade.

É um defeito.

Cumprimentos, e tenham boas memórias da vossa vida!



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