O Balanço – Fevereiro o mês sem gastar
Finanças Pessoais

O Balanço – Fevereiro o mês sem gastar


Eu sei que muitas pessoas não concordaram muito com esta ideia de “um mês sem gastar”. Felizmente cada um de nós é livre de ter uma opinião e de a expressar cordialmente.
De qualquer maneira, sei que houve pessoas que quiseram passar este mês sem gastar em coisas supérfluas, tal como eu.
Confesso que não foi assim tão fácil. Apesar de ter plena consciência dos meus gastos mensais e de saber ao certo para onde vai o meu dinheiro todos os meses e de saber que sou até bastante controlada com os meus gastos. Mas é sempre mais difícil não gastar deliberadamente. Pensar efetivamente em todos os nossos gastos, euro a euro, cêntimo a cêntimo. Se por um lado tenho a felicidade de ainda poder gastar algum dinheiro em coisas menos essenciais, por outro lado não deixa de ser “pouco confortável” pensar em quem tem de diariamente fazer esta “ginástica” de tentar esticar o orçamento e que o fazem não num mês sem gastar, mas sim todos os meses e todos os dias. E acho que foi nisso que mais pensei durante este mês, em como é ter obrigatoriamente de deixar de lado todos os pequenos luxos, todos os pequenos gastos que nos dão vidas mais confortáveis.
Para mim foi só um mês em que não fui tomar café fora. E em que não comprei as minhas revistas de culinária e em que não fiz o meu lanche e almoço mensal com as minhas amigas. Foi um mês em que não comprei nada para mim, nem comprei nada menos necessário no supermercado. Um mês em que aproveitei para gastar mais as coisas que já tinha em casa – no frigorífico e na despensa, fazendo algumas novas experiências culinárias. Mas para mim foi só isso. Foi evitar alguns gastos durante um mês. Porque sei que depois deste mês ainda posso voltar a fazer os meus pequenos gastos supérfluos habituais, e que eles, por enquanto ainda podem fazer parte do meu orçamento.
O mês sem gastar poderia servir para muitas coisas. Para poupar para um objetivo familiar ou pessoal, para termos uma noção maior dos nossos gastos, para equilibrar um mês em que se gastou mais, para ensinar aos filhos o valor do dinheiro, para percebermos o que é termos de viver com menos do que temos atualmente…
Eu consegui não gastar uns simpáticos euros no mês de fevereiro (nada de especial que eu também não sou muito esbanjada!). E em vez de os colocar no mealheiro, ou no envelope para despesas futuras ou para um “pé de meia” ou fundo de maneio ou para pagar alguma dívida, decidi que os meus euros não gastos em coisas supérfluas durante o mês de Fevereiro, iam servir para outra coisa mais solidária.
Mas claro, cada um de nós é livre de usar o seu dinheiro da forma de achar mais correta e consciente. Esta foi a minha experiência. E as vossas?

(E desculpem esta longa ausência sem postar... O tempo foi pouco para tudo, principalmente por causa do novo livro. Mas estou de volta, prometo!)



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