Um em cada quatro filhos na faixa de 24 a 35 anos de idade continua morando na casa dos pais, segundo o IBGE. Essa situação faz com que cresça o debate em relação ao dinheiro que os filhos recebem nessas situações, que é conhecido como mesada.
O debate costuma acontecer em torno da necessidade (ou não) de os pais continuarem a dar dinheiro mesmo com os filhos crescidos, o que poderia ser prejudicial na medida em que esses recursos seriam uma maneira “fácil” de torná-los pessoas sem preocupação com a administração das contas.
No entanto, a resposta dos especialistas vai na direção contrária. Para a maioria dos que estudam o assunto, a mesada deve ser um instrumento importante para a educação financeira, desde que seja acompanhada de orientação correta.
O mais importante é não entregar o dinheiro todo mês aos filhos e esquecer do assunto. Ao contrário, o mais adequado é que, além do dinheiro, seja mostrado desde cedo às crianças a importância de fazer poupança e planejar os objetivos para o gasto desse dinheiro.
Um exemplo simples: se os filhos usam parte do dinheiro da mesada para ir ao cinema, os país precisam orientá-los a anotar o gasto e incluí-lo na lista de despesas, sem esquecer de abater essa quantia do total recebido. Dessa forma, as crianças e jovens aprenderão com o tempo a fazer gastos de acordo com o orçamento. Se forem quatro vezes por mês ao cinema, por exemplo, provavelmente terão que abrir mão de outras despesas para não “estourar” a conta no final do mês.
É preciso também incentivar sempre os filhos a guardar um pouco do dinheiro que recebem todos os meses, levando em conta um objetivo de final de ano, como uma viagem ou a compra de um brinquedo.
Dessa forma, a mesada pode ser, sim, uma ferramenta importante na educação financeira, desde que seja acompanhada de orientações desde que os filhos são crianças pequenas.