Investir em ações de empresas pode ser um bom negócio no longo prazo, mas para isso é preciso que o investidor tome alguns cuidados. Entre eles, saber se tem perfil para assumir riscos, não colocar todo o dinheiro na Bolsa, comprar ações de companhias com boa gestão e que deem lucro.
Você tem perfil para investir na Bolsa?
Antes de investir é preciso que você responda a pergunta: tenho perfil para aplicar meu dinheiro na Bolsa? Quem quer aplicar nessa modalidade deve ter consciência que o preço de uma ação sobe e desce todos os dias. Portanto, a quantia aplicada também vai aumentar ou diminuir conforme o desempenho do ativo.
Por isso, o investidor deve ter sangue frio quando vir seu capital encolhendo e controlar a euforia quando obtiver ganhos expressivos com a alta de uma empresa.
Na Internet você vai encontrar vários sites onde poderá fazer testes para saber seu perfil. Se for conservador, o melhor é ficar com investimentos da renda fixa (CDB, Títulos do Tesouro, Fundos de Renda Fixa, entre outros) ou a tradicional Caderneta de Poupança.
Por que a Bolsa pode ser um bom negócio?
Geralmente as corretoras de valores não exigem um capital mínimo para investir. Mas o bom é começar com uma quantia, de pelo menos, 5 mil reais. Com esse valor poderá montar uma carteira, ou seja, comprar ações de mais de uma companhia.
Especialistas no assunto dizem que a pessoa que tem um pequeno capital deve comprar ações de empresas com boa gestão, bons fundamentos financeiros e manter esses papéis por vários anos. Só depois disso deve vender. Quem comprou, por exemplo, ações da Ambev, companhia conhecida por sua boa gestão, em 2005 por R$ 2 e ainda não as vendeu, registra um lucro de cerca 840% (atualmente as ações valem R$ 19,40).
Estatisticamente, no longo prazo, o investimento em ações é o que mais traz boa rentabilidade.
Outra vantagem é a isenção de imposto de renda quando a soma das vendas mensais de ações for inferiores a R$ 20 mil.
Mas atenção: existe alto risco no investimento em ações
Mas o investimento em ações têm vários riscos associados. Se a empresa não tiver bom desempenho, o lucro poderá ser pequeno ou até mesmo se tornar um prejuízo. Quem comprou ações preferenciais da Petrobras em 2010 está com perdas, pois o preço do ativo caiu de 30 reais naquela época para a casa dos 11 reais atualmente.
Portanto, o investidor deve saber que uma empresa está exposta a riscos (variação da taxa de juros, câmbio, consumo, inflação, cenário internacional, dívida da companhia, produção, etc) que vão impactar o preço da ação da companhia para cima ou para baixo.
Gerenciar o risco é fundamental
Para evitar perder dinheiro, o pequeno investidor deve seguir duas regras simples: não investir todo seu capital na Bolsa de Valores e o dinheiro destinado a comprar ações deve ser distribuído na aquisição de papéis de diferentes empresas, a chamada diversificação, que ajuda a diminuir riscos.
Existem pessoas com um capital maior que fazem as chamadas operações de curto prazo: compram um ativo hoje e vendem dentro de algumas semanas com uma pequena margem de lucro. Esses investidores são chamados de traders. Se você quiser ser um deles, é aconselhável que faça um curso de análise gráfica de ações e gerenciamento de risco na Bolsa.
Novatos só devem operar no curto prazo depois de muito aprendizado.
IMPORTANTE:
Este artigo jornalístico não é recomendação de investimento. É uma opinião com objetivo educacional.