A MELHOR VIDA PARA AS EMPRESAS
Finanças Pessoais

A MELHOR VIDA PARA AS EMPRESAS



 
Após o equilíbrio econômico e a melhoria de renda da população, o nosso país tornou-se um celeiro de novas empresas com uma das mais altas taxas de natalidade do mundo.  Pesquisas recentes apontam que a maioria dos brasileiros deseja ter o seu próprio negócio, indicando assim um país de empreendedores. No entanto, a taxa de mortalidade das empresas brasileiras também é muito alta, apesar de estar caindo ao longo dos anos. Em 2005, praticamente metade delas fechavam até o segundo ano de vida. Depois disso, de cada 10 empresas abertas, 7 passaram a sobreviver após os dois anos iniciais que são considerados os mais críticos. Estes patamares de mortalidade estão próximos aos de países do 1º mundo como  Canadá, Alemanha, França, Finlândia e Itália, mas ainda ficam acima dos Estados Unidos onde o número é de aproximadamente 20%.

Há aproximadamente 15 anos o SEBRAE monitora os motivos alegados para as empresas brasileiras perecerem. A inexperiência ou o despreparo do empresário é um fator determinante e está relacionado com a gestão. A insuficiência das vendas também aparece com grande peso e encontra-se relacionada com questões de marketing. Porém motivos  como falta de capital de giro, excesso de custos e despesas, baixo lucro, capital insuficiente, inadimplência e incapacidade de honrar tributos, estão relacionados com a administração financeira do negócio e com uma verdade descoberta duramente pelos empreendedores: É mais fácil começar do que se manter e crescer.

Ao imaginar um empreendimento, as pessoas costumam estimar com relativa eficácia a necessidade de recursos que precisam para o ponto, para os estoques iniciais, para as campanhas de lançamento. Esta estimativa é feita com facilidade pois são necessidades que normalmente não ficam mudando a toda hora. Contudo, nesta conta nem todos consideram os recursos necessários para fazerem o negócio funcionar e crescer depois de aberto, o que costumamos chamar comumente de Capital de Giro. Na verdade esta falta de estimativa não é por mero esquecimento, e sim porque é algo mais complexo de se fazer. Trata-se de um capital bastante volátil e dinâmico, que é afetado a todo momento por cada operação da empresa, sendo reduzido ou aumentado todos os dias. O resultado é que não sabem a sua necessidade de capital de giro nem de fundos para operar. Mas não é só isso. Os empreendedores concentram-se na área comercial do negócio para trazer receitas e misturam finanças pessoais com empresariais, não fazem planejamento financeiro e não trabalham com um orçamento, não melhoram os controles internos e sofrem perdas, evasões e até fraudes, não sabem quanto cada produto contribui para o lucro da empresa nem o ponto de equilíbrio da mesma, não sabem o quanto podem usar de capital de terceiros e se as taxas são suportáveis,  não sabem se o resultado que estão gerando está realmente produzindo riqueza, não sabem o custo do capital que usam, em outras palavras, praticam uma gestão financeira amadora, improvisada e intuitiva. Infelizmente muitas vezes os números não perdoam esta conduta.

Ninguém conhece mais um negócio que o dono. Ele sonhou, tomou a iniciativa para implantá-lo, correu os riscos e muitas vezes comprometeu o próprio patrimônio para iniciá-lo.  Toda sociedade precisa de empresários para fazê-la crescer e melhorar. E também precisa que as empresas se mantenham, permaneçam e se desenvolvam, para gerar empregos e renda, para gerar produtos e serviços cada vez melhores.  Elas são as verdadeiras alavancas sociais que precisamos para desenvolver o país.  Mas para que não morram precocemente, ou mesmo para que possuam sustentabilidade suficiente diante do mercado e do governo, é preciso que adotem uma gestão financeira profissionalizada, na qual sejam utilizados  conceitos e ferramentas existentes no meio acadêmico e na prática empresarial bem sucedida, indicadores modernos capazes de monitorar os negócios eficientemente, análises técnicas que possibilitem identificar as melhores decisões a tomar, procedimentos internos que promovam segurança, liquidez e rentabilidade, assuntos que o empresário não tem obrigação de conhecer completamente, mas que podem fazer a diferença entre o gosto amargo do fracasso ou o delicioso sabor do sucesso. Viva melhor. Viva com gestão financeira na sua vida e na sua empresa.
Artigo publicado na Revista Viver Melhor



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